A Semana



25 anos cobrindo a história de Mogi

  • Você veio para Mogi primeiramente para ajudar a fundar o Mogi News. Como surgiu a ideia de abrir seu próprio jornal?

Estive presente nos cinco primeiros anos do jornal semanal Mogi News, sob a direção de Sidney Antonio de Moraes, como gerente de marketing. Quando houve a decisão do Mogi News se tornar um jornal diário pago, foi verificada claramente a lacuna deixada no mercado com a falta de um jornal semanal gratuito e com alta tiragem.

Deixei a empresa em dezembro de 1997 e, a partir daí, firmamos uma parceria – que se manteve também por cinco anos – com o grupo DS, que tinha uma pequena participação no mercado da imprensa em Mogi e tinha como objetivo aumentar seu escopo.

Após seis meses de estudos e projetos, em 8 de maio de 1998, fundamos o jornal A Semana, que ganhou de imediato a simpatia do mercado editorial e publicitário e, de imediato alcançamos a liderança no segmento de jornal semanal, que ano a ano, com muito trabalho da diretoria e nossa afinada equipe, buscamos manter.

  • Quantas gestões o jornal já acompanhou? Como foi para você como mulher estar envolvida nos bastidores políticos?

O jornal A Semana, durante estes 25 anos, acompanhou várias gestões de governo em nossa cidade. Passaram por nós os prefeitos Valdemar Costa Filho, Junji Abe, Marco Bertaiolli, Marcus Melo e, agora, o nosso atual prefeito Caio Cunha.

Reportamos as mudanças que esses atores políticos proporcionaram na vida dos munícipes e do setor de negócios na cidade e acompanhamos seu desenvolvimento e modernização, impressos por cada gestão, das mais conservadoras às mais arrojadas visando o progresso de Mogi.

Nunca tive problemas em receber ou ser recebida por políticos em tempo algum. Sempre trabalhei colocando o respeito como pauta principal e sempre obtive respeito em contrapartida. Na minha opinião, ser mulher nunca foi nem será um problema no âmbito profissional, desde que o respeito esteja presente.

  • Como era trabalhar com jornalismo naquela época, em 98? Qual a principal diferença comparada com os dias de hoje?

Muito diferente, mas muito mesmo (risos). O trabalho era muito lento, desde marcar a entrevista, montar a pauta, revelar os filmes fotográficos… depois torcer para que a internet estivesse do nosso lado quando fosse redigir os textos… fora o envio para a gráfica. Nessa época, os arquivos eram físicos e enviados de forma presencial. Ficávamos na Redação muitas vezes até às 2h da manhã até obter a aprovação do material enviado à gráfica. Com certeza, muitas mudanças e a principal diferença sentida hoje é o fator tecnologia a favor do tempo.

  • Você é provavelmente a colunista de negócios que mais perdurou na cidade. Qual é o segredo do sucesso?

Para dizer a verdade, meu ingresso como colunista de negócios não começou em Mogi. Em 1993 eu tinha um jornal, de periodicidade mensal, chamado Atacado Moda, com sede no Bom Retiro, com foco nas novidades do setor de moda e distribuído para seus compradores potenciais no Brasil e América Latina. Naquela época criei uma coluna com dicas direcionadas a este mercado, cujo nome era “Por Baixo dos Panos”.

Quando vim para Mogi, ainda no Mogi News, notei a efervescência dos grandes colunistas sociais, que não abriam espaço para as empresas e sim para as pessoas. Percebi mais esta lacuna e criei a coluna “Fique Sabendo”, que em sua própria construção de texto, conversa mais direta com este mercado.
Levei esta proposta para o jornal A Semana e, agreguei fotos, inaugurando também a coluna “On Business” e, encantada com a trajetória empreendedora das pessoas, a “Em Evidência”, que junto com o jornal A Semana, também completam 25 anos, no nosso Jubileu de Prata.

  • O jornal tem acompanhado as mudanças na forma de se fazer jornalismo. Como foi para você acompanhar e fazer parte dessa trajetória?

O Jornal A Semana sempre, ao longo destes 25 anos, se manteve antenado às mudanças de mercado trazidas em grande parte pela tecnologia, tanto no tocante às facilidades de equipamentos e softwares, bem como na universalização da informação, que estreita conhecimentos e aumenta o repertório do jornalista em enriquecer seu texto. Escrevi em máquina de escrever, computador, laptop, smartphone; fiz textos, lives no instagram e comandei dois podcasts; busquei conhecimentos em livros, mídias convencionais e mídias sociais; percebi as mudanças na arquitetura dos textos, tanto por poucos jornalistas que buscam empobrecê-los, como os muitos que buscam enriquecê-los.

  • E quais são os seus planos para o jornal daqui para a frente?

Tive o privilégio de passar por muitas mudanças em minha trajetória. Alguns dizem que as mudanças fazem com que nos reinventemos. Eu não acredito nisso, na verdade acho que nos readaptamos, pois a essência do jornalista tem que se manter presente sempre. E, para o jornal A Semana é continuar se adaptando às novas mudanças, que virão e, com certeza, de maneira cada vez mais rápida, e nunca perder sua essência de levar informação, entretenimento, cultura e o principal, “A Cidade em Suas Mãos”.

Redação

Fundado em de maio de 1998, o jornal A Semana pauta seu trabalho jornalístico nos princípios da ética e profissionalismo, oferecendo informação, cultura e entretenimento a milhares de leitores.

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